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MMnotes

Uns escritos

ÉS TU OU EU, A DEMOCRACIA ?

por Marco, em 12.06.21

Vivemos num tempo de intrigas, paixões políticas ardentes, democracias frágeis por dentro, opacas e, ao mesmo tempo, sem barreiras ideológicas. Junte-se a isto, as pessoas e os seus problemas, e temos a receita vencedora para tratados de extrema-direita que podem ser configurados, ou não, em partidos políticos (já agora, a extrema-esquerda também ;) ).

 

Porque de democratas temos todos um pouco, para as grandes Festas, para os grandes Teatros, para as grandes Jantaradas, mas de social-democracia, de estar e sentir, de ficar calado e perceber aqueles que são os maiores medos de um povo triste, sem dinheiro, endividado, sem bases, sem futuro, ninguém o faz ou quase ninguém se permite a fazê-lo, porque manifestamente, não interessa, é opaco, para a realização pessoal de cada um de nós, e quando não o é, é apenas por escassos minutos/horas ou dias, como acontece na bolha (Twitter), daí o desalento de alguns, novos, partidos políticos.

 

E é o que acontece, ipsis verbis, com a situação do 25 de abril, (e não me venham com cenas tristes de que rebeubeu, pardais ao ninho, tu és isto e aquilo, não funciona comigo, então, podem dar meia volta), com uma cerimónia de relevo, de grande importância, que, desde logo, deveria ter em destaque, a participação ativa das Forças Armadas Portuguesas, porque foram estas e mais ninguém que colocaram um ponto final ao Estado a que as coisas chegaram, dando um sinal de confiança a tal instrumento (que o é) de uma Democracia madura e respeitada, e não andarmos aqui em gabinetes sombra, a fazer lembrar os nossos “muito amigos” ingleses, equiparados a Ministérios ou Secretarias de Estado, sem que se perceba muito bem, o porquê de: tanta gente (quando existe pessoal da função pública, a começar nos militares e terminar nos elementos de Protocolo de Estado), tanto tempo, tanta Comissão/Gabinete, tanta equipa de apoio, tantos custos. Quando temos tanto por fazer, tanto por concretizar, continuamos, à boa maneira Portuguesa, a criar estruturas de missão, disto e daquilo.

 

Eu, jovem que sou, não percebo isto, mas percebo o porquê de jovens como eu, não poderem ter futuro neste País, porque o País está preocupado com o campeonato da secretaria, dos institutos médios e superiores, ligeiros e amadores, gabinetes e estruturas, unidades de missão et al. 

 

Marco Maia.

12 de junho de 2021.

Os vulgares

por Marco, em 09.01.21
Sobre os acontecimentos recentes nos Estados Unidos, numa total redoma de irresponsabilidade, de inação, de incentivar ódios e intolerância, e de crime como se viu no Capitólio, mas também em Portugal, na campanha para as Presidenciais, onde o mesmo ódio, a mesma oportunidade, se assombra debate sobre debate.

Mesmo não estando presente o vulgar candidato-cidadão que de tudo se queixa mas nada percebe, de que tudo está mal, mas faz igual ou pior, do ódio que têm às minorias étnicas e não étnicas, do rancor que têm aos cidadãos, ao Povo Português, sim, porque não representa o Povo Português, representa uma personagem que faz parte dos piores políticos que alguma vez tivemos, que representa cheiro a ranço dos tempos da outra senhora, que representa isso sim, a dificuldade que esta sociedade, a nossa sociedade, tem em aceitar o próximo, as suas diferenças, as suas particularidades, a sua cultura, em aceitar que fazem parte da nossa sociedade, que continuarão a fazer parte da mesma, independentemente de um vulgar candidato-cidadão com mentiras, meias verdades e café em meia de velho do restelo possa dizer, numa ensaiada e cansada narrativa que só alimenta aqueles que querem efectivamente ser alimentados.

A democracia é feita de pessoas para pessoas, não é feita para uns e para outros fica suspensa de direitos e deveres, como óbvio de realçar, mas para todos, mas sem discriminação, sem levantar falsas questões, sem margem para que ninguém fique excluído de pertencer à mesma, de participar, de partilhar uma sociedade, com todas as suas virtudes e defeitos.

Se é perfeita? Não! Nunca o vai ser.

Se serve aquilo que todos queremos? Serve. O que não serve é uma futura lunática república (mascarada) concebida por um vulgar candidato-cidadão que no antro da sua inteligência, é só mais um vulgar.

 

Democracia, SEMPRE!

Marco Maia, 07/01/2020

Teria que ser assim?

por Marco, em 21.07.20

Umas horas passam desde a  "aprovaçãodo Next Generation EU um plano que tem muito de ambicioso quanto de delirante.

Porquê? Prioridades, digo.

Começo pelo célebre: “Não dá para agradar a gregos e troianos”. De facto até dá, veja-se que todos saem muito contentes da Cimeira que quase destronou Nice. Mas eu e muitos, não estamos. Concederam-se milhares de milhões em “rebates”, não estou a referir-me aos ditos frugais, mas sim em áreas que diziam (todos) ser estratégicas e nucleares para a União.

HorizonInvestEUJust Transition Fund, Rural Development e até mesmo o RescEU ficaram com os seus programas em desconto, a preço de saldo. Então o Health EU? Onde está? Pois, não está, eclipsou-se, ficou como mero apontamento, de duas linhas, nas 66 páginas que “fazem” o Programa Europeu. No momento em que mais se fala de saúde, proteção à mesma, investimento, zelo e dedicação dos profissionais de saúde, onde para a ambição da União na saúde dos seus cidadãos europeus?
 
Vamos ao RescEU ? Então vamos. Quando nem há muito tempo se questionava a solidariedade europeia para o envio de ajuda de emergência a Estados-membros, devido a crises sanitárias com o COVID-19, ou o que conhecemos tão bem, todos os verões, os incêndios florestais, eis que até o envolope financeiro adstrito a essa rubrica leva um corte de 100 milhões. Uns dizem que é residual, mas eu digo que não é. Um programa que ainda está coxo, com uma série de dificuldades para utrapassar, inclusive a falta de meios aéreos, não pode ser bom pronuncio o corte feito. Para um Programa que cito: “criar reservas de equipamento estratégico para fazer face a emergências sanitárias, incêndios florestais, incidentes de natureza química, biológica, radiológica ou nuclear, ou outras emergências graves.”, tem de ter o melhor equipamento, as melhores pessoas, as melhores práticas. Para isso, é preciso investir.
 
Ficou esquecido, como tantas rubricas e dotações orçamentais, nesta cimeira, em que se discutiu tudo, inclusive o diz que disse, mas não se discutiu o futuro que queremos para esta União. Pelo caminho, ficámos a saber que a prestação de contas da atividade política nacional, sendo ou não referente ao destino das dotações que nos cabem, ficará mais díficil. 
 

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