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MMnotes

Uns escritos

Os vulgares

por Marco, em 09.01.21
Sobre os acontecimentos recentes nos Estados Unidos, numa total redoma de irresponsabilidade, de inação, de incentivar ódios e intolerância, e de crime como se viu no Capitólio, mas também em Portugal, na campanha para as Presidenciais, onde o mesmo ódio, a mesma oportunidade, se assombra debate sobre debate.

Mesmo não estando presente o vulgar candidato-cidadão que de tudo se queixa mas nada percebe, de que tudo está mal, mas faz igual ou pior, do ódio que têm às minorias étnicas e não étnicas, do rancor que têm aos cidadãos, ao Povo Português, sim, porque não representa o Povo Português, representa uma personagem que faz parte dos piores políticos que alguma vez tivemos, que representa cheiro a ranço dos tempos da outra senhora, que representa isso sim, a dificuldade que esta sociedade, a nossa sociedade, tem em aceitar o próximo, as suas diferenças, as suas particularidades, a sua cultura, em aceitar que fazem parte da nossa sociedade, que continuarão a fazer parte da mesma, independentemente de um vulgar candidato-cidadão com mentiras, meias verdades e café em meia de velho do restelo possa dizer, numa ensaiada e cansada narrativa que só alimenta aqueles que querem efectivamente ser alimentados.

A democracia é feita de pessoas para pessoas, não é feita para uns e para outros fica suspensa de direitos e deveres, como óbvio de realçar, mas para todos, mas sem discriminação, sem levantar falsas questões, sem margem para que ninguém fique excluído de pertencer à mesma, de participar, de partilhar uma sociedade, com todas as suas virtudes e defeitos.

Se é perfeita? Não! Nunca o vai ser.

Se serve aquilo que todos queremos? Serve. O que não serve é uma futura lunática república (mascarada) concebida por um vulgar candidato-cidadão que no antro da sua inteligência, é só mais um vulgar.

 

Democracia, SEMPRE!

Marco Maia, 07/01/2020

Pandemic

por Marco, em 12.08.20

Pois, lá terá que ser. Um post sobre o COVID-19.

Fonte: https://www.who.int/csr/sars/coronavirus/en/

Passam-se alguns meses desde o ponto de entrada em pandemia, do mundo, todo, com casos confirmados, alguns críticos e sistemas de saúde, em alguns casos, totalmente fracassados, resultado de maus líderes. 
 
Em Portugal, assistiu-se a um confinamento, quarentena auto imposta de alguns e imposta para outros. No princípio, estivemos bem, cumprimos aquele que era o nosso dever e também direito, enquanto cidadãos.
 
Uns meses passados, quase que íamos deitando tudo a perder, e o que houvera sido conquistado, poderia partir-se em cacos (e ainda pode). Revele-se a importância do Sistema de Saúde como um todo, mas particularmente na área de influência de Lisboa e Vale do Tejo. O caso era complicado, assumindo-se mesmo:"não conseguimos quebrar as cadeias de contágio". Bem, é neste ponto que quero tocar, porque muito se falou da perda de contacto, entre os intervenientes de saúde pública e os doentes confirmados ou suspeitos - doença COVID-19: ninguém os conseguia contactar - moradas falsas, telefones errados, emails inexistentes. Perde-se o rasto, e com isso perde-se a capacidade de potenciar, um perímetro de segurança que assegurasse a segurança destes, dos seus familiares, dos seus amigos e colegas, de todos.
Fragilidades económicas, necessidade de deslocamento, assintomáticos, explicam bem esse panorama na saúde pública de Lisboa e Vale do Tejo.
 
A pandemia não é uma brincadeira, não existe para deixar marca nos livros de História. Está aí, é para ser respeitada porque ela pouco quer saber se infeta A, ou C, porque infeta e afeta todos, sem exceção.
 

Já muitos pensadores o afirmaram e confirmaram: estamos perante um dos maiores desafios que a sociedade, de um modelo de globalização intenso e ramificado, jamais viveu. A partir daqui, a diferença de uns, face a outros é de quem saberá antecipar a mudança, a adversidade, o problema, sabendo de antemão que temos o inverno a aproximar-se e, até ao momento, nada nos foi dito sobre esse momento decisor, para as pessoas, para os empregos, para a economia, para o país.

Por Marco Maia // 12 de agosto de 2020

Liberdade mas só para alguns

por Marco, em 30.05.20

Passa pouco tempo da irritação de Donald Trump, irritação que precede as eleições neste final de ano. O detentor do selo presidencial americano acha correto expor no seu perfil pessoal, ideias completamente defasadas da realidade, e usar os demais da Casa Branca para perpetuar disparates atrás de disparates, até mesmo ameaçar, veja-se, uma rede social devido ao controlo apertado que essa mesma rede, agora faz, contra as fake news, muitas vezes vazadas pelo ocupante do edifício situado no 1600 Pennsylvania Avenue NW. Mas, antes fosse uma pessoa disparatada, desajeitada até, mas não é, porque acha perfeitamente normal que as manifestações de condenação pelo assassinato de George Floyd devem ser reprimidas, e ser for preciso, o uso de armamento letal é considerado totalmente proporcional.

 

Da mesma forma que os confrontos, durante um largo período de tempo, se sucederam em Hong Kong devido às políticas de incrementação da influência de Beijing na autonomia da região, nos Estados Unidos, sucede precisamente o contrário, com controlo 0 do armamento, da política um homem - uma arma, e do racismo bem enraizado na sociedade, e neste caso em muitas polícias do país.

Não vamos generalizar, porque não é o caminho para perceber o que se passa, o que passou e o que irá passar no que ao racismo e à intolerância diz respeito, porque é um tema demasiado abrangente para ser confundido com polícias, os seus deveres e os seus direitos.

Mas, não podemos deixar passar que foi morto um cidadão de plenos direitos e deveres, com uso desproporcional da força que é legalmente usada pelas polícias. Um uso de força que não foi medido, que apenas quis humilhar um homem, algemado, completamente controlado, e pronto para ser conduzido ao Departamento de Polícia e posteriormente a Tribunal, onde poderia, tendo o direito e dever a isso, de defender-se, ainda torna mais inacreditável o que vimos, todos, pelas redes sociais.

Aqui, juntando aquilo que o presidente americano escreveu, ainda torna mais inacreditável e absurdo tudo isto. Como é possível que após a morte de um cidadão americano, de plenos direitos e deveres, reconhecidos pela Constituição Americana, a mesma que Trump jurou cumprir e defender, tenha a sua memória, o seu nome, a sua história de vida conspurcada por ideias de chacina, a todosos que se manifestam contra a inação de uma sociedade, de uma democracia, de um presidente.

Será uma democracia? Veremos. A verdade é que morreu um homem que naquele momento estava a lutar para viver.

 

Radão, o que és?

por Marco, em 18.05.20

Voltei! : )

Ontem, terminou a minha participação no Estudo Nacional do Gás Radão, realizado pelo Laboratório de Radioatividade Natural (LRN) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Um estudo aparentemente normal, mas que pode trazer novos dados sobre a concentração do gás radão, em território nacional.

Mas... O que é o Gás Radão?

Este tipo de gás - inerte, incolor e inodoro - é radioativo, encontra-se na natureza, nomeadamente no ar que respiramos, tendo origem no urânio presente nos solos e rochas (através de decaimento do urânio presente nas rochas e solos de onde é libertado e ascende à superfície).

O que acontece?

O gás radão entra nos edifícios, vindo do solo, através de fissuras e rachas, como podes ver nesta figura da APA.

No exterior, afirma a APA, as concentrações de radão são baixas devido à diluição e dispersão mas no interior de edifícios o radão pode acumular-se e as concentrações serem elevadas. As concentrações têm variações diurnas, sazonais e também anuais. 

Porque é importante o estudo realizado pela equipa de investigadores do Laboratório de Radioatividade Natural (LRN) da FCTUC ?

Para conhecer de perto a realidade e afinar estratégias de mitigação, tendo em vista a elaboração de um mapa nacional de risco que permita estabelecer um plano de medidas de proteção da saúde das populações. Porquê?  "O radão é a maior fonte natural de exposição das populações à radiação ionizante e contribui com mais de 40%. O radão produz partículas radioativas no ar que respiramos. Essas partículas ficam retidas nas nossas vias respiratórias e aí emitem radiação que provoca danos nos pulmões. Este dano aumenta o risco de cancro do pulmão para exposições prolongadas no tempo."

Como participei no Estudo?

Através de um pequeno invólucro circular que permanceu imóvel, no mesmo sítio, durante três meses. Não houve esforço físico significativo, associado a esta missão, que considero de todos, porque todos temos esse dever e direito de participar em algo que tirará conclusões muito enriquecedoras, sobre este assunto.

Agora esperaremos pelos resultados deste Estudo.

Venham mais! Não custa nada!

 

Estamos a destruir o mundo!

por Marco, em 05.06.18

Estamos aos poucos a destruir o Mundo. Aos poucos, todos nós, damos mais um pequeno passo para a destruição do nosso pequeno mundo. Já nada é real, já nada é físico. Tudo é abstrato e cinzento.

 

As atitudes de uns para com outros, revelam que, estamos mesmo mal. Mal "formados", mal habituados... Pensava que estávamos muito mais evoluídos, afinal não. O virar do século foi ali ao lado... De um lado deixamos as guerras e um regime ditatorial, do outro constituímos um aparente futuro de liberdade.

 

O mundo é assim: um pequeno livro de grandes histórias manchado por aqueles que querem, sem dó nem piedade,  espezinhar os outros. Tanto agora como antes. Progresso?! Inovação?! Nas pessoas não, pelo menos aquelas com que diariamente lidamos e que pensava serem livres e honestas, mas que paradoxalmente são um "atentado" à liberdade.

 

Há pessoas que, ainda que pretendam ocultá-lo, perseguem um fim distinto das outras. A sua atitude perante a vida denuncia-os.

Tolstoi , Lev - in Citador.pt

 

Por Marco Maia, 05/06/2018